O Hospital Regional Luís Eduardo Magalhães (HRDLEM), em Porto Seguro, informou que a partir de 1º de outubro de 2025 não será mais possível manter o serviço de obstetrícia de referência para gestantes de alto risco. 📍
O anúncio foi feito pelo diretor técnico da unidade e expõe as dificuldades acumuladas que comprometem diretamente a qualidade da assistência materna na região.
✅ Déficit de profissionais
O principal problema é a escassez de médicos obstetras. Atualmente, apenas sete profissionais atuam no setor, quando seriam necessários dois por turno de 24 horas para garantir o atendimento seguro.
A sobrecarga física e psicológica da equipe tem levado médicos a declarar que não há mais condições de manter as escalas de plantão.
A crise é agravada pela ausência de uma Diretoria Clínica e de uma Coordenação de Obstetrícia, cargos essenciais para organizar o serviço e dar suporte aos profissionais. Sem essa estrutura administrativa, crescem os riscos assistenciais e a insegurança no atendimento. ⚠️
💰 Recursos e contradições
A 8ª região de saúde, que inclui Porto Seguro, Belmonte, Santa Cruz Cabrália, Itapebi, Itagimirim, Eunápolis, Itabela e Guaratinga, repassa mais de R$ 20 milhões anuais ao Governo do Estado para a manutenção dos serviços regionais.
Apesar disso, o HRDLEM enfrenta filas, escassez de medicamentos e atrasos salariais, o que tem gerado críticas de prefeitos e secretários municipais sobre a contradição entre o volume de recursos e a precariedade da assistência. 💸
🎯 Impacto social e regional
A suspensão do serviço de obstetrícia de alto risco atinge diretamente milhares de gestantes que dependem do HRDLEM como unidade de referência.
Sem cobertura local, essas mulheres precisarão se deslocar para outras cidades em situações de emergência, o que aumenta os riscos maternos e neonatais. 🚨
Gestores locais alertam para a necessidade urgente de reformas estruturais e reforço profissional para garantir a saúde materna e reduzir índices de mortalidade na região.
O episódio evidencia não apenas a fragilidade do HRDLEM, mas também a necessidade de maior atenção à saúde materna na Bahia, especialmente em regiões com indicadores críticos. 🏥