A Prefeitura de Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia, decretou situação de emergência nas áreas afetadas pela seca no município. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Município na última segunda-feira, dia 14 de outubro de 2024, com o objetivo de minimizar os impactos da estiagem.
Segundo a prefeitura, a decisão foi baseada em um parecer técnico da Coordenação Municipal de Proteção e Defesa Civil, que apontou baixos índices de chuvas, influenciados pelo fenômeno climático La Niña. A estiagem foi classificada como um desastre de nível II, o que ressalta a gravidade da situação.
Ações emergenciais e apoio governamental
Com o decreto, a administração municipal fica autorizada a realizar ações emergenciais, como a entrada em propriedades para prestação de socorro e, em casos mais graves, a desapropriação de áreas em risco. Segundo o prefeito Colbert Martins (MDB), as medidas serão adotadas de forma rápida, dispensando a necessidade de licitação para a aquisição de bens e serviços essenciais à segurança da população.
Além disso, a declaração de emergência abre caminho para que o município receba apoio federal e estadual, voltado à reabilitação das áreas afetadas e à reconstrução da infraestrutura comprometida pela seca.
Impactos na zona rural
A estiagem também tem trazido severos problemas para a zona rural do município. De acordo com Adriana Lima, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira de Santana, a perda da safra tem sido expressiva desde o mês de julho. “A seca afeta diretamente a renda das famílias e o abastecimento de água, agravando a situação dos agricultores que dependem da sua produção”, destacou Adriana.
A prefeitura está orientando os moradores das áreas afetadas a reportarem os problemas relacionados à seca para as autoridades competentes, na tentativa de garantir suporte e minimizar os prejuízos causados pela falta de chuvas.
