As eleições para vereador em Eunápolis e Ilhéus podem sofrer uma reviravolta com um possÃvel “segundo turno” no tapetão. A questão envolve a obrigatória cota feminina de 30% nas chapas, que não teria sido cumprida por partidos em ambas as cidades. Esse cenário também está sendo observado em outros municÃpios baianos, e os partidos prejudicados já se mobilizam para contestar os resultados nas urnas.
A cota feminina e o impacto nas eleições
Em Eunápolis, o Partido Progressistas (PP) concorreu com uma chapa formada por 5 homens e apenas 1 mulher, o que não cumpre a exigência de ao menos 30% de candidatas mulheres. A situação é delicada, pois o partido elegeu 2 vereadores. Além disso, a eleição do vereador mais votado da legenda, Adriano Cardoso, pode ser comprometida por conta de uma ação de busca e apreensão realizada em sua casa pouco antes das eleições. O desfecho desse caso judicial pode impactar diretamente a composição do legislativo na cidade.
Em Ilhéus, o problema envolve a chapa do PMB – Partido da Mulher Brasileira, que inicialmente contava com 2 mulheres. No entanto, após a desistência de uma candidata e a impugnação da substituta pelo TRE, o partido ficou sem a quantidade mÃnima exigida de mulheres. Como resultado, os votos do PMB devem ser anulados, o que também deve alterar a composição das cadeiras na Câmara Municipal.
Consequências para os partidos
Com o não cumprimento da cota feminina, a Justiça Eleitoral deve apurar os casos e, caso confirmada a irregularidade, é quase certo que os votos dos partidos infratores serão anulados. Isso levaria à redistribuição das vagas nas Câmaras Municipais de Eunápolis e Ilhéus, alterando a composição atual.
O processo de defesa ainda seguirá seu curso legal, mas a expectativa é de que a punição seja aplicada, levando os partidos a enfrentarem a perda de cadeiras no legislativo.
