Cantor Leonardo É Incluído na ‘Lista Suja’ de Trabalho Análogo à Escravidão

Foto: Montagem/g1

O cantor sertanejo Leonardo foi adicionado à “lista suja” do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por práticas de trabalho análogo à escravidão. A inclusão ocorreu após uma fiscalização realizada em novembro de 2023 na Fazenda Talismã, localizada no município de Jussara, em Goiás. Seis trabalhadores, incluindo um adolescente de 17 anos, foram encontrados em condições degradantes.

A “lista suja” é uma ferramenta semestral do MTE que expõe empregadores responsáveis por violações relacionadas ao trabalho escravo contemporâneo. Esta atualização incluiu 176 novos nomes, elevando o total para 727. Dentre os casos, 20 se referem ao trabalho doméstico.

A Defesa de Leonardo

Em resposta, Leonardo expressou surpresa ao ser incluído na lista. O cantor explicou que arrendou a fazenda em questão para que terceiros plantassem milho e soja. “Em 2022, arrendei a Fazenda La-Canca, e aí surgiram funcionários. Eu fui visitado pelo Ministério Público do Trabalho e me aplicaram uma multa, mesmo eu não sendo o responsável direto”, afirmou o cantor. Ele também mencionou que essa multa já foi arquivada.

A assessoria de Leonardo ainda não emitiu um comunicado oficial, mas o artista deixou claro que sua equipe está em contato com as autoridades para resolver a situação.

Transparência e Impacto Social

A lista do MTE visa aumentar a transparência e conscientizar a sociedade sobre as violações de direitos humanos no Brasil. A prática de trabalho análogo à escravidão abrange condições degradantes, jornadas excessivas e moradias inadequadas. Entre os setores com mais ocorrências estão a produção de carvão vegetal e a criação de bovinos.

Segundo André Roston, coordenador-geral de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Análogo ao de Escravo e Tráfico de Pessoas do MTE, “essa atualização reafirma o compromisso do governo com a proteção dos direitos humanos”. O objetivo é combater essas práticas e garantir que os trabalhadores tenham condições dignas de trabalho em todo o país.

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