Cid Moreira, ícone da televisão brasileira, morre aos 97 anos

Foto: Paulo Mumia/Agência O Globo

Nesta quinta-feira (3), o Brasil se despediu de Cid Moreira, um dos maiores nomes da televisão nacional. O jornalista, locutor e apresentador faleceu aos 97 anos, após estar internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, RJ, desde o dia 4 de setembro. Ele enfrentava complicações de uma insuficiência renal crônica, e seu quadro evoluiu para falência múltipla dos órgãos.

Cid Moreira apresentou o “Jornal Nacional” aproximadamente 8 mil vezes, segundo o Memória Globo. Sua voz icônica e seu característico “boa-noite” se tornaram símbolos de credibilidade para milhões de brasileiros. O corpo de Cid será enterrado em Taubaté, sua cidade natal, embora a data e o cemitério ainda não tenham sido divulgados.

A Carreira Brilhante de Cid Moreira

Cid Moreira começou sua trajetória no rádio em 1944, na Rádio Difusora de Taubaté, após ser incentivado por um amigo. Depois de narrar comerciais, ele se mudou para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade. Em 1951, Cid seguiu para o Rio de Janeiro e começou a ganhar espaço na televisão, apresentando programas ao vivo.

Contudo, em 1963, sua carreira como locutor de noticiários teve início no “Jornal de Vanguarda”, na TV Rio. A partir daí, consolidou-se como uma referência no jornalismo televisivo, passando por emissoras como Tupi, Globo e Excelsior. No entanto, seu grande marco ocorreu em 1969, quando ele estreou no “Jornal Nacional”, o primeiro telejornal transmitido em rede no Brasil.

O Legado de um Ícone da Comunicação

Além de sua longa carreira no “Jornal Nacional”, Cid também participou do “Fantástico”, onde, em 1999, narrou o famoso quadro de Mr. M, que virou um sucesso imediato. Nos anos 1990, ele também se dedicou à gravação de salmos bíblicos, um projeto que culminou na gravação da Bíblia completa em 2011, sendo amplamente reconhecido por isso.

Mesmo após se afastar das grandes bancadas jornalísticas, Cid Moreira continuou sendo lembrado como um ícone da comunicação brasileira. Seu trabalho, que uniu jornalismo e entretenimento, fez dele uma das vozes mais respeitadas da televisão.

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