A cantora Preta Gil faleceu neste domingo (21), aos 50 anos, após uma intensa batalha contra o câncer. Nos últimos três meses, ela estava nos Estados Unidos realizando um tratamento experimental com medicamentos em fase final de estudo, buscando alternativas para combater os quatro tumores que enfrentava, localizados em linfonodos, peritônio (com metástase) e ureter.
A ida aos EUA foi revelada por Preta em entrevista ao programa Fantástico, em fevereiro deste ano. Após 55 dias de internação no Brasil devido a complicações da doença, a cantora anunciou que seguiria para Nova York e Washington, onde seria acompanhada por equipes médicas do Memorial Sloan Kettering Cancer Center e do Virginia Cancer Institute.
“Tenho mil privilégios, sei que tenho, isso faz toda a diferença. Então, não reclamo, não tenho como reclamar: ‘Ah, mas você não sofre?’. Sofro, sofro muito”, afirmou Preta à época.
Nas redes sociais, a cantora manteve seus fãs informados sobre cada etapa do tratamento. Em junho, publicou uma imagem recebendo medicação na veia com a legenda:
“Mais uma dose, é claro que eu tô a fim” — em referência à música “Por que a gente é assim?”, de Cazuza.
Durante sua estadia nos EUA, Preta recebeu visitas de amigos próximos como Regina Casé, Claudia Raia, Cynthia Sangalo e Ju de Paulla, além da presença constante de familiares como as irmãs Bela Gil e Maria Gil, a madrasta Flora Gil e o pai, o cantor Gilberto Gil.
Flora Gil escreveu uma homenagem comovente durante sua visita à cantora:
“Neste momento tão desafiador e íntimo para nossa família e amigos, nosso universo gira em torno de você, Pretinha. Saiba que estamos juntas.”
A notícia do falecimento de Preta Gil comoveu o Brasil e encerra um capítulo marcado por coragem, fé e amor. Ícone da música brasileira, Preta deixa um legado de força, representatividade e inspiração.
